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Governança: qual sua importância no contexto ESG e suas melhores práticas?

Governança qual sua importância no contexto ESG e suas melhores práticas?

Mesmo com esse atual destaque para a sigla, ainda há profundos questionamentos em relação ao G, de Governança Corporativa, como: por que o tema governança aparece neste momento? Quais seriam os eixos direcionadores para se fazer uma boa governança? Quais as práticas que as empresas devem seguir? Isto auxilia a empresa a traçar melhores estratégias para sua sustentabilidade?

Ao abordar questões sobre Governança Corporativa, ainda estamos envolvidos em um processo de evolução, onde há necessidade de construção de análises e conceitos aderentes às diversas relações empresariais. Em muitas empresas, a Governança Corporativa é entendida como devida diligência, uma pauta direcionada para o atendimento às leis e normas e, a processos para verificação e auditoria. Mas, para outras empresas, com outras interpretações, governança é mais do que meramente atender ao cumprimento legal, é uma grande questão que envolve desde conceitos morais e éticos até mesmo ações práticas para o desdobrando estratégicos que podem comprometer a reputação e imagem dos negócios e dos gestores.

Para alcançar boas práticas de Governança Corporativa também é preciso se atentar para questões de ordem estrutural, como a exatidão na organização dos documentos; estabelecer boa comunicação; preparar equipes integradas; atuar pela prevenção e investir em infraestrutura e tecnologia adequadas. A transparência nos processos faz com que seja possível obter informações e consultar documentos, de modo acessível e claro. A comunicação é importante para que os funcionários e demais stakeholders tenham uma visão clara da hierarquia da empresa e saibam a quem reportar em cada situação. Promover reuniões com equipes variadas faz com que todos estejam cientes dos planos e estratégias da empresa. Assim, os processos ficam mais eficientes, além de sustentar transparência interna e externa. Outra boa prática, em qualquer gestão empresarial, é atuar com foco em prevenção, ao invés de remediação, o que evita gastos de reparação e transparece mais segurança aos seus stakeholders.

Modelos de prevenção necessitam de investimentos, como um programa de Compliance, que demanda a contratação de consultores especializados que auxiliam equipes internas a compreenderem melhor os impactos do tema, e posteriormente, são indicados a realizar o processos de due dilligence – análises de riscos, monitoramento e ainda, procedimentos para auditoria externa, a fim de evitar processos judiciais danosos à imagem da empresa, investigação criminal, multa ou outros problemas derivados de fraude, corrupção assim como, a falta de aderência às leis e normas. A tecnologia pode trazer à Governança Corporativa maior confiabilidade para a gestão de dados e informações, bem como a facilidade em mecanismos de rastreabilidade, tornando todo o sistema de banco de dados menos suscetível à corrupção humana quando geridas de forma automatizada.

Dessa forma, empresas que possuem estratégias voltadas para evitar problemas, aderem ao modelo de gestão e de práticas de governança corporativa reduzem as chances de algo prejudicial ocorrer. Havendo mais transparência, comunicação e tecnologia aplicadas, os colaboradores podem melhor canalizar tempo, energia e conhecimento para aplicar a inovação e criação de novos valores (mais sustentáveis, inclusive). Em suma, seja qual for o atual modelo de gestão praticado, a boa governança só se constrói com o auxílio de profissionais especializados e competentes que oferecem todo o suporte para a estruturação das diretrizes, definição de programas e projetos ESG e, realização de capacitações para as equipes internas.